imagens crédito Ricardo Duarte
O presidente do Inter Alessandro Barcellos optou por falar para expressar a indignação colorada com o condicionamento de arbitragem por dirigentes tricolores, que segundo ele também tem a participação da imprensa através da criação de uma narrativa contra o clube. Foi uma coletiva pautada pelo tom mais forte por parte do presidente. O presidente continuou citando situações ao longo da competição que, para ele, representam um favorecimento do Grêmio e uma discrepância em relação às medidas que são tomadas pela Federação Gaúcha de Futebol e pela imprensa em relação aos dois clubes. “Isso está no limite” declarou.
“Nós vamos jogar bola”, continuou Barcellos, se referindo ao clássico Gre-Nal da final. “Nós não vamos ficar quietos. Do nosso lado não tem desespero nenhum”, continuou o presidente. Ele citou títulos de matérias sobre o Inter e o Grêmio, buscando exemplificar o que classificou como uma “sustentação de narrativa. Existe uma equipe que está na final do Gauchão por causa da arbitragem”. sitou.
“Os episódios que sucederam essas semanas precisam ser pontuados e diferenciados. A história começa desde o início do campeonato, os três primeiros jogos que o Internacional teve a intervenção do VAR foram extremamente criticados pela direção do rival e por uma boa parte da imprensa”, iniciou relembrando entrevista de D’Alessandro.
“Nosso diretor esportivo, o D’Alessandro, que tem a função de se relacionar com a comissão técnica e com o grupo de jogadores, como fez hoje e em todos os jogos, ele entra no campo para cumprimentar os jogadores. Ele foi acusado de ter entrado no campo para provocar a arbitragem. Aí ele foi dizer que ele não tinha feito aquilo, e covardemente foi atacado nos microfones”, falou Alessandro Barcellos.
“Isso tudo é sustentação de narrativa. Nós, de forma muito ponderada e educada, discordamos da arbitragem do clássico Gre-Nal da fase classificatória. Discordamos do pênalti e mais ainda da expulsão do Roger. e um lado, o auxiliar técnico fala ‘tá de sacanagem’, e é expulso. Do outro lado, falam palavrões que eu não vou dizer aqui, e nada acontece. O que acontece no outro dia? Uma narrativa de que o Internacional estaria condicionando a arbitragem”, acrescentou o presidente que, por fim, relembrou o gol não anulado do Grêmio nos acréscimos contra o Juventude.
“Viram o VAR de hoje (domingo)? Aquilo sim colocou um time na final. Simon, Gaciba, PC de Oliveira: todos foram unânimes em dizer que foi falta de ataque. O que foi feito até agora foi uma vergonha. Se colocou o campeonato em suspeita e nada aconteceu. O treinador (Gustavo Quinteros) foi expulso e foi dar coletiva, quando é proibido. E vai ficar todo mundo quieto e dizer que é a mesma coisa? Vai todo mundo dizer que é no mesmo nível? Desculpa, mas isso está no limite”, finalizou Alessandro Barcellos.
Há uma frase dita na coletiva de Barcellos, que pode ser definitiva para uma possivel punição. O TJD-RS deve retornar aos trabalhos na quarta-feira e analisará os discursos ocorridos nas coletivas para definir o rumo do que será feito nas partidas finais do Gauchão ou após o termino do mesmo. Inter pode ser enquadrado na dúvida quanto ao caráter da competição e do árbitro Anderson Daronco. Seria algo semelhante ao que os dirigentes do Grêmio podem ser denunciados. O Inter observa os movimentos do TJD e tem consciência de que apenas fez uma manifestação em cima de uma fato.